sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Lição nº4: Metereologia tropical avançada

Boa noite a todos!

Depois de um acordar incrível numa cama incrível no 9º andar no Panamá, seguimos caminho num taxi partilhado com um casal norte-americano de reformados do Texas que iam a caminho da Colombia. Já encontramos muita gente a caminho da Colombia e todos diziam maravilhas… a mim mete-me bastante respeito, mas estou a ficar curioso! Partilhar um taxi é uma forma bem barata de dar a volta aos taxistas. Negoceia-se um taxi para dois e depois aparece o resto do pessoal ;)
A cidade do Panamá tem um aeroporto novo, muito moderno e também grande. Depois de percorrermos quase todo o aeroporto para encontrarmos a nossa porta de embarque embarcarmos num Embraer 190-100, um pequeno avião de fabrico brasileiro, mas que colocou no nível lixo o grande A340-600 da Ibéria já que além de ter uns confortáveis assentos em pele, tinha o entretenimento individual que nos permitiu "reduzir" o tempo de viagem de 2 horas até ao Ecuador para 30 minutos.
A chegada ao Ecuador é quase um sonho de criança. Todos nós fomos a visitas de estudo em que nos explicaram como era o clima aqui e até sentimos na pele em pequenas demonstrações de museu. O calor é imenso com humidades perto dos 90% mas perfeitamente suportável. Chove sempre uns 30 minutos ao final do dia de forma torrencial e com trovoada mas hoje tivemos o azar de estar a chover há 2 horas, pelo que isso permitiu, por outro lado, presenciar a chuva mais espectacular que alguma vez sentimos na nossa pele. Mesmo nos climas tropicais por onde passamos, a chuva era relativamente fresca e ao cair na pele acabava por ser desagradável: aqui não! A chuva é quente como um duche e cai com tanta intensidade que nos encharca totalmente mas é estranhamente agradável. Demos por nós felizes à chuva, a beijar-nos, completamente felizes e enamorados: Feliz Dia dos Namorados Filipa! Fui eu que pedi esta chuva ao São Pedro para nós ;)

Estamos a gostar muito de Guayaquil. A chegada foi perto do nível assustador, ao ponto de eu ter perguntado ao taxista se tinha caído uma bomba na cidade! Mas a culpa é das obras de requalificação urbana que ocorre a bom ritmo. Foi só um pequeno susto porque depois de deixarmos o hotel e caminharmos na cidade descobrimos uma cidade muito bonita, com edifícios coloniais (e outros menos coloniais e com ares de alguma destruição) e com um passeio marítimo que faz lembrar a Expo. As pessoas são muito simpáticas e foi muito interessante ver como vivem o seu dia a dia. Hoje ainda por cima foi um dia muito especial, de São Valentim, pelo que era só vendedores de rosas e balões com corações na rua. Têm parques lindíssimos onde as pombas estão em pequeno número e foram substituídas por iguanas que ocupam arvores inteiras e que interagem com os transeuntes. As fotos não ajudam a mostrar esta cidade mas é mais especial do que parece. Além do mais as fotos foram feitas com o telemóvel por causa dos roubos, o que não a ajuda. Apesar dos alertas o centro onde nos encontramos é muito seguro durante o dia e bem policiado. Um dos principais problemas de segurança neste momento na américa do sul, e em especial nesta cidade, são os Sequestros Expresso feitos por taxi e por isso fomos desde logo alertados. Os sequestros expresso são sequestros feitos por falsos taxistas que levam as pessoas para locais onde obrigam a dar dinheiro e até a pedir um resgate às famílias. No entanto é fácil de evitar porque existem montes de taxis que têm uma faixa roxa que diz: taxista seguro e vem equipada com 3 camaras e um botão de pânico para o passageiro ligado à polícia. Eu sei que dito assim isto parece o Iraque, foi assim que eu pensei quando ouvi falar pela primeira vez deste tipo de assalto, mas é perfeitamente evitável e estamos e sentimo-nos perfeitamente seguros e numa cidade incrível! Durante a forte chuvada do fim do dia, apanhamos um taxi para virmos para o hotel e imaginem só a coincidência: o motorista era da nossa família! Chama-se Humberto Frias. Ele diz que aqui há muito poucos e ficou mesmo muito agradado por conhecer a família de Portugal.
Depois de tomarmos um banho quente no hotel fomos jantar a um local recomendado e não podia ter sido melhor a escolha! Foi uma noite incrível e divertida com mesas de mulheres solteiras, alguma música ao vivo e muitas gargalhadas. Estive prestes a trazer atreladas umas equatorianas encalhadas ;)))
Happy Valentine ;)

PS- amanhã vamos para as Galapagos tentar apanhar um barco para percorrer as ilhas. Ainda nao criaram wifi para estes pequenos barcos e acreditamos que vamos estar offline durante os 8 dias. Vamos ver como corre…


























2 comentários:

  1. Ainda bem que estão a gostar e a divertirem-se.
    As fotos estão engraçadas.
    Eu morria se uma iguana viesse para o meu colo, como vi numa das fotos. A Filipa tem coragem em tocar-lhes.
    O Diogo continua sedutor. Foram logo 3.
    Grande malandro.
    A esta hora será que já embarcaram para as Galápagos?
    Não se esqueçam de enviar uma mensagem a dizer que chegaram, no caso de não terem net.
    Beijinhos cheios de saudades,

    Mãe

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  2. Mãe, as iguanas são fantásticas! Não é preciso coragem, é só preciso saber que não fazem mal nenhum, porque não têm dentes, nem mordem. A única defesa delas é a cauda que funciona como chicote. A primeira vez que toquei numa foi em vila real, ainda não namorava com o Diogo. Elas parecem cães, atrás das pessoas com comida! É super giro vê-las a interagir connosco.
    O meu Di é um lança-charme! Foi engraçado porque a sobrinha de uma delas engraçou comigo e passou o jantar todo sentada na nossa mesa, à minha frente, colada a olhar para mim e a fazer-me perguntas sobre tudo! E o Diogo começou a dizer que ele não trabalhava e que era eu que o sustentava, que eu trabalhava imenso e que ele dormia o dia todo, que tinha sempre muito sono. A miúda achou aquilo tão estranho que a única reação dela foi: aqui os homens que nao trabalham chamamos-lhes burros! LOLOL!!! Depois começou a contar às tias que estavam na mesa seguinte e elas começaram a dizer que iam para Portugal com o Diogo e que o sustentavam! Achei um piadão!

    Beijinhos!

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