As galapagos são encantadas e a prova disso é a possibilidade de nadar com pinguins.... Sim pinguins! Que outro sítio nos permite fazer isto? Os pinguins são animais habituados a climas polares e águas geladas. Hoje nadamos com alguns numa água fria de 20 graus (comparada com as restantes ilhas) na ilha Isabela. Esta ilha recebe correntes um pouco mais frias de sul, o que permite a esta espécie endémica sobreviver a este calor infernal do equador.
Esta noite navegamos de Santa Cruz para Isabela. Leva cerca de 9 horas a percorrer uma distancia curta porque o catamarã navega a cerca de 10kms/h. A tripulação do navio além de extremamente prestável e simpática, é incansável. Não é nada facil estar acordado atrás de um leme toda a noite a navegar a esta velocidade! Se queremos fazer alguma coisa diferente do grupo eles estão sempre disponíveis para garantir a nossa satisfação. Incríveis! Hoje acordamos com um nascer do sol magnífico num mar calmo avistando a Isabela no horizonte. Acordamos com o sino do barco que nos chama para as refeições. Foi uma noite tranquila de navegação e vamos com certeza ter saudades do balançar do barco para nos embalar. Em terra a sensação constante é do chão se estar a mexer e isto vai-se manter durante alguns dias. Decidimos não ir com o resto dos nossos companheiros do barco ver o vulcão (inactivo) porque ainda era uma caminhada pesada e já tinhamos passado pela Costa Rica com algum insucesso pelo que pedimos ao Richard, o marinheiro, para nos levar a terra no pequeno semi-rigido do Valkyria. Fomos fazer snorkeling com os pinguins e ainda vimos uma tartaruga marinha e uma raia enormes. Depois decidimos visitar a vila. As Galapagos são ilhas praticamente desertas onde existem pequeníssimas povoações, habitualmente uma por cada ilha, estando o restante território em estado selvagem e isso é o ponto forte deste arquipélago. Ao aproximarmo-nos das ilhas não vemos mais do que vulcoes, rochas e animais por todo o lado. Também não vemos lixo rigorosamente em lado nenhum e nas pequenas vilas vemos sempre ecopontos para separarmos o lixo.
No passado, estas ilhas sofreram varias tentativas de colonização e estranhamente todas as pessoas que tentaram a sua sorte para extrair os vastos recursos naturais destas ilhas acabaram todas por empobrecer e por morrer, muitas vezes de forma misteriosa. Passaram por cá homens de negocios de sucesso ecuatorianos do continente, noruegueses e até alemães, mas estas ilhas só lhes trouxeram azar e mortes prematuras (por vezes assassinados). Talvez estas ilhas estejam amaldiçoadas mas isso tem permitido preservar a sua biodiversidade e riqueza. É indiscritível a quantidade de peixe, leoes marinhos, iguanas marinhas, aves marinhas, que existem neste arquipélago e é sem dúvida a eles que este lhes pertence. A pressão turistica tem crescido nos ultimos anos mas mesmo assim ainda nao chegou aos 200 000 turistas anuais, o que é incrivelmente pouco. A maioria está em cruzeiros pelo que o impacto é ainda menor. É um tipo de turismo atípico e ao percorrermos as ilhas percebemos isso porque há muito poucos turistas. O governo equatoriano é muito rígido na preservação deste arquipélago porque já percebeu que o turismo é a maior fonte de riqueza directa (110$ por pessoa para entrar) e indirecta sob a forma dos bens transaccionáveis e serviços. Há imensas restrições de navegação a praias e outros locais para controlar a presença do homem sendo necessárias permissões para tudo. Nas viagens todas entre as ilhas e também nas partidas e chegadas internacionais todos os sacos são revistados e selados de forma a garantir que não são trazidas doenças, plantas ou outros animais que podem danificar irremediavelmente o ambiente. Como tal desta vez não vamos poder trazer areia para a nossa colecção. As pessoas apanhadas com alguma coisa das ilhas têm uma multa de 100$ e podem ser presas. Há relatos de tentativas de tráfico de iguanas marinhas que valem fortunas no mercado negro.
Agora estamos numa lancha rápida a caminho de Santa Cruz novamente onde vamos pernoitar e comer um peixinho grelhado na brasa :) avistamos ainda há pouco uma baleia e está um por do sol lindo. Já nos despedimos com muita tristeza do "nosso" Valkyria e dos tripulantes. Custa muito dizer adeus a uma experiência tão preciosa e que iremos sempre relembrar com imensa saudade e carinho.
Amanhã de manhã voamos para o continente (Guayaquil) e damos mais noticias.
Beijinhos e abraços
Esta noite navegamos de Santa Cruz para Isabela. Leva cerca de 9 horas a percorrer uma distancia curta porque o catamarã navega a cerca de 10kms/h. A tripulação do navio além de extremamente prestável e simpática, é incansável. Não é nada facil estar acordado atrás de um leme toda a noite a navegar a esta velocidade! Se queremos fazer alguma coisa diferente do grupo eles estão sempre disponíveis para garantir a nossa satisfação. Incríveis! Hoje acordamos com um nascer do sol magnífico num mar calmo avistando a Isabela no horizonte. Acordamos com o sino do barco que nos chama para as refeições. Foi uma noite tranquila de navegação e vamos com certeza ter saudades do balançar do barco para nos embalar. Em terra a sensação constante é do chão se estar a mexer e isto vai-se manter durante alguns dias. Decidimos não ir com o resto dos nossos companheiros do barco ver o vulcão (inactivo) porque ainda era uma caminhada pesada e já tinhamos passado pela Costa Rica com algum insucesso pelo que pedimos ao Richard, o marinheiro, para nos levar a terra no pequeno semi-rigido do Valkyria. Fomos fazer snorkeling com os pinguins e ainda vimos uma tartaruga marinha e uma raia enormes. Depois decidimos visitar a vila. As Galapagos são ilhas praticamente desertas onde existem pequeníssimas povoações, habitualmente uma por cada ilha, estando o restante território em estado selvagem e isso é o ponto forte deste arquipélago. Ao aproximarmo-nos das ilhas não vemos mais do que vulcoes, rochas e animais por todo o lado. Também não vemos lixo rigorosamente em lado nenhum e nas pequenas vilas vemos sempre ecopontos para separarmos o lixo.
No passado, estas ilhas sofreram varias tentativas de colonização e estranhamente todas as pessoas que tentaram a sua sorte para extrair os vastos recursos naturais destas ilhas acabaram todas por empobrecer e por morrer, muitas vezes de forma misteriosa. Passaram por cá homens de negocios de sucesso ecuatorianos do continente, noruegueses e até alemães, mas estas ilhas só lhes trouxeram azar e mortes prematuras (por vezes assassinados). Talvez estas ilhas estejam amaldiçoadas mas isso tem permitido preservar a sua biodiversidade e riqueza. É indiscritível a quantidade de peixe, leoes marinhos, iguanas marinhas, aves marinhas, que existem neste arquipélago e é sem dúvida a eles que este lhes pertence. A pressão turistica tem crescido nos ultimos anos mas mesmo assim ainda nao chegou aos 200 000 turistas anuais, o que é incrivelmente pouco. A maioria está em cruzeiros pelo que o impacto é ainda menor. É um tipo de turismo atípico e ao percorrermos as ilhas percebemos isso porque há muito poucos turistas. O governo equatoriano é muito rígido na preservação deste arquipélago porque já percebeu que o turismo é a maior fonte de riqueza directa (110$ por pessoa para entrar) e indirecta sob a forma dos bens transaccionáveis e serviços. Há imensas restrições de navegação a praias e outros locais para controlar a presença do homem sendo necessárias permissões para tudo. Nas viagens todas entre as ilhas e também nas partidas e chegadas internacionais todos os sacos são revistados e selados de forma a garantir que não são trazidas doenças, plantas ou outros animais que podem danificar irremediavelmente o ambiente. Como tal desta vez não vamos poder trazer areia para a nossa colecção. As pessoas apanhadas com alguma coisa das ilhas têm uma multa de 100$ e podem ser presas. Há relatos de tentativas de tráfico de iguanas marinhas que valem fortunas no mercado negro.
Agora estamos numa lancha rápida a caminho de Santa Cruz novamente onde vamos pernoitar e comer um peixinho grelhado na brasa :) avistamos ainda há pouco uma baleia e está um por do sol lindo. Já nos despedimos com muita tristeza do "nosso" Valkyria e dos tripulantes. Custa muito dizer adeus a uma experiência tão preciosa e que iremos sempre relembrar com imensa saudade e carinho.
Amanhã de manhã voamos para o continente (Guayaquil) e damos mais noticias.
Beijinhos e abraços
Ver a baleia foi absolutamente mágico! Vimos ao longe e no início pensamos que era um golfinho, mas rapidamente percebemos que os golfinhos não andam sozinhos. Pensamos que era um tubarão, mas quando ela da o salto característico das baleias fora de água e vimos a cauda dela a entrar na água, foi incrível! Não tenho palavras para descrever a sensação, apesar de ela estar bastante longe da nossa lancha. Já percebo as grandes excursões para ver baleias. Também quero! :) Saio desta ilha apaixonada por baleias, leões marinhos e pinguins!
ResponderEliminarEstas são realmente as férias que vós gostais.
ResponderEliminarEm todos os pormenores que vós contais, vê-se a vossa felicidade por tudo o que ides vendo e encontrando.
Divirtam-se no bocadinho que vos falta.
Beijinhos,
Mãe